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O problema de Keynes e o Slow Movement
Page last modified 14:28, 22 Mar 2010 by valentinoruy
De $1Tabela de conteúdossem cabeçalhosO fato de que, nos EUA, as jornadas de trabalho são longas é bem conhecido. Algum conhecimento dos detalhes da experiência dos EUA é útil quando se considera se " um pouco mais de experiência" conduz ao progresso no aproveitamento das oportunidades de lazer, como Keynes esperava. Nos EUA, entre 1990 e 2000, as horas trabalhadas, por cada adulto, em uma família com dois pais aumentaram. Para os 20 por cento mais ricos, as horas trabalhadas foram as maiores de qualquer grupo, em 1990 e novamente em 2000 . Hoje, o "stress do tempo” é significativo entre os ricos, nos EUA e em todo o mundo. A análise sugere que “tempo insuficiente para desfrutar de sua riqueza" é uma causa significativa de “stress do tempo” para os ricos. Porque os ricos simplesmente não trabalham menos, disponibilizando tempo para desfrutar a vida? Há um número de fatores que explicam esta situação: Em uma sociedade móvel, como as nossas há uma necessidade de construir e, em seguida, reconstruir a identidade social de cada um. Consumo - escolha de uma casa, carro, roupas, etc - exercem um papel importante neste processo. Consumo posicional, ou seja, o consumo não para atender uma necessidade absoluta, fome, sede, etc, mas sim para criar superioridade, leva a insaciabilidade, como Keynes observou. Infelizmente, o consumo de posicionamento, por exemplo, ter uma "boa" casa, carro, etc, (isto é, maior e mais luxuosa do que a média) tornou-se uma característica central do processo de criação de identidade. Uma vez que o consumo de adaptação posicional está em andamento, um elemento básico da psicologia humana, ajuda a empurrar o processo. Adaptação, não apenas para um elevado nível de renda, mas também ao seu aumento constante, cria uma "roda viva" da qual é difícil sair, mesmo quando alguém se torna "rico". Tem havido muitas tentativas para modificar estes mecanismos. Até agora, eles revelaram-se, em grande parte, ser em vão (inúteis). Um estudo sobre os EUA durante o período 1900-2000 descreve o resultado:
O movimento Slow Movement e outros como ele, como o Movimento Not So Big House (NSBH) (Casa Não Tão Grandes), são interessantes porque levam em conta os mecanismos que conduzem ao consumismo e dão saídas para eles. Por exemplo, considere slow food. Pode-se, com o tempo, criar uma identidade como um cozinheiro especializado, satisfazer "as necessidades de posicionamento", demonstrando sua habilidade para outros, e endereçar a adaptação, através da melhoria contínua. O mesmo se aplica a outras atividades como música, pintura, jardinagem, etc. Os movimentos Slow e NSBH também fomentam uma atitude muito diferente com relação ao consumo de materiais, que enfatiza a qualidade sobre a quantidade. Isto é ilustrado em uma descrição recente de uma abordagem "lenta" para a aquisição de bens materiais. Se houvesse um eleitorado com os valores que Keynes expôs, com força e vontade para agir de acordo com esses valores, não seria difícil de conceber uma vasta gama de políticas que refletem esses valores. Uma dessas políticas, sob consideração ativa hoje, é a proibição da publicidade dirigida à jovens e crianças . Indo mais longe, com base no reconhecimento dos impactos psicológicos negativos do consumo de posicionamento e a dificuldade de adaptação, pode-se justificar um imposto de renda fortemente progressivo, como parte de um esforço da sociedade para criar um razoável equilíbrio de vida. Na verdade, uma reconhecida especialista em política recentemente fez esta sugestão. Há evidências de que políticas sociais, orientadas por valores, podem afetar as escolhas entre o excesso de trabalho e o lazer.
Suponha por um momento que os Países Desenvolvidos escolham, como Keynes esperava que fizessem, rejeitar o excesso de trabalho e de consumismo, e, ao invés, cultivar a arte de viver bem, especialmente a utilização satisfatória do "lazer". Isto poderia ter uma série de efeitos importantes que reforçaria a capacidade de outros países para avançar.
O argumento sendo oferecido acima é um exemplo clássico do que é normalmente chamado de "duplo dividendo" ou efeito "win-win" (ganha-ganha). Como Keynes fez, nós começamos a partir da premissa, apoiados pelas pesquisas disponíveis sobre o SWB e consumismo, que o maior lazer é a melhor escolha para os "Ricos". Passamos então a argumentar que o uso do lazer também poderia melhorar as perspectivas dos "pobres". Pode-se ir a argumentar que há outros vínculos benéficos, tais como os que envolvem emissões e o meio ambiente. A discussão neste documento fornece um ponto de partida para a consideração dos rendimentos e
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