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Apocalipse Motorizado

Última modificação 12:48, 22 Mar 2010 por  valentinoruy

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     Articulações e reflexões para superar a sociedade do automóvel

     

     

    Dia Mundial Sem Carro: experimente

     

     

     

    Enfrentar a dependência do automóvel e suas patologias associadas parece tarefa impossível para um número cada vez maior de pessoas e para grande parte dos governantes.

     

    Quem possui um carro (e algum dinheiro para sustenta-lo), passa a não enxergar nenhum outro horizonte de mobilidade urbana.

     

    Do outro lado, vultuosos montantes envolvidos na construção e manutenção de tudo que os carros precisam para rodar (ruas, pontes, avenidas, combustível, pneus, autopeças, estacionamentos…) e quase 100 anos de técnicas de planejamento urbano e de políticas públicas voltados para atender o fluxo sempre crescente de automóveis deixaram o poder público amarrado ao problema, sem enxergar nem conseguir agir em favor das alternativas (a não ser quando a saturação de carros começa a ser um problema para os próprios carros).

     

    Somado a estes elementos, interesses privados monumentais sustentam e estimulam o desperdício e o individualismo associados ao automóvel, em uma indústria responsável por boa parte do dinheiro em circulação no planeta (junto com as indústrias da guerra e do tráfico de drogas).

     

    A epidemia mundial de cidades degradadas pela presença marcante do automóvel se alimenta desta tríade: indivíduos dependentes, iniciativas privadas altamente lucrativas e poder público inerte e/ou interessado no estímulo ao automóvel.

     

    O Dia Mundial Sem Carro tem seus primeiros registros em São Paulo  no ano de 2004, com grupos de ciclistas e a ANTP. Em 2005, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município passou a apoiar a data. Nos anos seguintes, outras organizações também se juntaram ao processo.

     

    A proposta do Dia Sem Carro é, em primeiro lugar, experimentar outras formas de deslocamento e deixar o carro em casa. 

     

    Vivenciar a cidade, seus problemas e belezas de maneira não-mediada é um remédio surpreendente para a carrodependência,  um antídoto para a degradação do tecido social, podendo inclusive resultar em transformações coletivas maiores e inesperadas.

     

    Infelizmente em São Paulo ainda não há nenhum estímulo público para que essa “difícil” experiência seja feita (frota total de ônibus nas ruas, descontos em tarifas, criação de corredores temporários de ônibus ou bicicletas, transformação de áreas de fluxo em locais de convivência, etc). 

     

    Mesmo assim, uma parte significativa dos deslocamentos feitos por automóvel compreendem pequenas distâncias (ir até a padaria, escola, supermercado, visitar amigos, etc) e nestes casos o automóvel pode facilmente ser substituído por uma caminhada, um ônibus ou uma bicicleta.

     

    Além disso o Dia Sem Carro é um momento de reflexão sobre o impacto do automóvel nas cidades e sobre a carrodependência urbana, momento de exigir condições de deslocamento dignas para quem não possui automóveis e de promover suas alternativas.

     

    Confira abaixo a programação da semana do Dia Sem Carro 2009 em São Paulo (mais atividades adicionadas ao longo do dia). 

     

    Aos leitores de outras cidades, pedimos desculpas mas neste ano não foi possível dar conta de divulgar tudo o que vai acontecer no Brasil. Para informações sobre outras paragens, visite a rede de notícias ou acompanhe o twitter.

     

    rede de notícias:    http://www.netvibes.com/<wbr/>luddista#apocalipse_<wbr/>motorizado_-_sp

     

    Atenciosamente. 

    Claudio Estevam Próspero