SIMPLES ASSIM: outro mundo, outras moedas

imagine o seguinte: a partir de segunda feira, todo mundo continua fazendo o que está fazendo, produzindo e consumindo o que está consumindo, só que sem usar nenhum tipo de dinheiro (seja papel, seja cartao de plastico, transferencia eletronica - NADA). O cliente entra na loja escolhe o que vai comprar como se fosse pagar com dinheiro. anota num papelzinho - por exemplo: supermercado -60 reais. No final do mes cada um tem que consumir apenas o que sempre consumiu, nem mais nem menos. E vai pro trabalho, como sempre, para ganhar o que sempre ganhou, só que no final do mes em vez de receber um deposito bancario vai só escrever no seu proprio caderno: Salário +3000 reais, e vai descontando só no seu papelzinho até terminarem os 3 mil reais. Mais nada. Sem impostos, sem contador, sem nota fiscal, sem licenças, autorizacoes, alvarás, taxas, anuidades NADA. Os médicos e professores da rede pública, a mesma coisa. Vão para o trabalho como se nada. Atendem, dao aula, depois saem para o comercio e simplesmente levam pra casa o que precisarem. Ninguem mais paga imposto. Ninguem mais paga juro. Se alguem quiser comprar alguma coisa, mas nao tem "saldo" na sua propria conta corrente, precisa encontrar alguem que tenha excedente, e pedir emprestado - sem juros. Acabou a inflacao. Acabou o deficit fiscal. Acabou o ágio, o excesso de safra. Os políticos vao ter que procurar emprego como todo mundo (podemos votar leis pela internet, em vez de votar nas pessoas, votar diretamente nos projetos de lei, vota quem quiser, desde que se informe devidamente.)

Lolita Sala, são Paulo, outubro 2012